Bases Fortalecedoras

 

 

Uma das principais queixas no consultório do dermatologista é a unha enfraquecida. Por isso, não é por acaso que existem tantos produtos no mercado que prometem fortalecê-las, mas será que esse tipo de produto cosmético pode mesmo ajudar de alguma forma?

 

 


  Bases que ajudam na sustentação das unhas

 

Esse grupo de esmaltes fortalecedores de unhas contém fibras naturais compostas de aminoácidos provenientes da seda, arroz, ou polímeros como o nylon, acrilatos, ésteres do silício, entre outros. Essas fibras são incorporadas à unha no momento do uso, formando um filme que, durante a permanência do produto, dará um maior suporte e sustentação à unha que se encontra fragilizada. No entanto, esse efeito não é duradouro.

Além disso, há diversos nutrientes nessas fórmulas, tais como a cisteína (importante na formação da queratina, proteína que forma a unha) e o silício (fundamental para a coesão e adesão das fibras de queratina) e outros componentes hidratantes e emolientes que se usados continuamente podem realmente ajudar a restabelecer gradualmente a saúde das unhas.

 


Já o segundo tipo de base fortalecedora normalmente é à base de formol. A presença de até 5% de formaldeído nos esmaltes é permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e o objetivo é o endurecimento da unha, por isso muitos produtos conhecidos utilizam-se desse composto em suas bases fortalecedoras. A concentração dessa substância varia muito, pois algumas combinam ativos do segundo tipo para tentar reduzir os efeitos colaterais do formol.

Como o formol funciona?

Basicamente ele faz com que haja uma maior ligação e coesão entre as lamelas (ou pedaços) de queratina, a proteína presente nas unhas. Assim, a unha vai se tornando cada vez mais endurecida. Os problemas com isso são, na verdade, quatro:

1) Esse tipo de fortalecedor só está indicado para aquelas pessoas que têm a unha mais amolecida. Se suas unhas estiverem quebradiças ou descamando, provavelmente essa base não serve para você.

2) O formol, mesmo quando bem indicado, pode causar alergias. As pessoas que desenvolvem alergia ao formol ficam com lesões vermelhas e que coçam ao redor da boca, pescoço e pálpebras. Nesses casos, é necessário evitar esse tipo de base e até mesmo esmaltes comuns que levam formol em sua composição, seja como conservante ou como resina formadora de filme.

3) A ligação que acontece no meio da queratina ocorre de forma aleatória e indefinida, podendo prejudicar a própria estrutura da unha. Com isso, podem surgir riscos e alterações da superfície da unha e perda de água, levando-a à descamação e quebra, mesmo que esteja mais endurecida.

4) O formol penetra a placa da unha e pode causar alguns efeitos colaterais como descolamento da unha, dor ou sensibilidade e sangramentos de intensidade variada. O uso crônico pode levar à formação de uma pele dura embaixo da unha que dificulta o seu corte.

Para resolver alguns desses problemas surgiu a dimetilureia, um substituto do formol que não causa alergia, nem penetra a placa. Infelizmente essa substância ainda não está disponível nos produtos comercializados no Brasil.

 


 

Cuidados mantêm as unhas fortes

Se você quer ter unhas mais fortes, saiba que existem diversas formas de prevenir a fragilidade ungueal. Basta evitar:

  • a remoção completa da cutícula
  • o contato prolongado com água e produtos químicos sem proteção adequada
  • o excesso de esmaltação: sempre deixe a unha de um a dois dias por semana sem esmalte e hidrate-a com cremes hidratantes.

Fique atenta à composição dos produtos que usa, às indicações e, na dúvida ou persistência dos sintomas, sempre consulte um médico dermatologista!