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ritmo circadiano

Você já ouviu falar em ritmo circadiano? Sabia que é ele o responsável por regular todo o funcionamento do seu corpo? Veja mais neste artigo!

Todas as nossas células que compõem o nosso organismo são reguladas por um sistema inteligentíssimo. Temos um relógio biológico que, de forma natural, se ajusta e se ativa com base em sinais externos associados à luz e à escuridão.

Além disso, possuímos relógios periféricos que se ajustam principalmente com a alimentação, entre outros estímulos.

Quer saber mais sobre como funciona o ritmo circadiano e o que ele tem a ver com todo o seu dia? Continue a leitura!

O que é ritmo circadiano mesmo?

O ritmo circadiano, controlado por esses relógios biológicos, compõe o ciclo vital que controla o organismo diariamente para cumprir funções fundamentais, tais como:
– Regular a temperatura corporal;

– Equilibrar os níveis de açúcar e de hormônios;

– Além de orquestrar o sistema de regeneração e reparação celular.

Esse ritmo circadiano ou ciclo circadiano se refere ao período de 24h que o ciclo biológico que baseia praticamente todos os seres vivos.

Algumas das fortes influências no ritmo circadiano são:

– Luz

– Temperatura

– Movimento de maré

– Vento

– Dia

– Noite

Ou seja, seu corpo tem um metabolismo, que é controlado por um relógio biológico. Este, por sua vez, determina os períodos de menor ou maior energia, que têm relação direta com o ciclo escuro e claro da luz solar.

Os ciclos do ritmo circadiano são mentais, físicos e comportamentais.

Mas para que serve o ritmo circadiano?

Para regular essa atividade física, fisiológica, química e psicológica do seu organismo, que pode influenciar no estado de vigília, no sono, na temperatura corporal, na regulação das células e até na digestão.
De forma mais clara, o ritmo circadiano pode influenciar em coisas como:

– Horário de dormir

– Temperatura corporal

– Níveis de hormônio

– Estado de alerta

– Apetite

– Pressão sanguínea

– Metabolismo

Alguns dos fatores externos que influenciam no seu ritmo circadiano podem ser: exposição à luz de aparelhos eletrônicos (a famosa luz azul) em horários inapropriados, cafeína e drogas.

Ritmo circadiano dia e noite

Durante o dia, os ritmos circadianos estimulam o despertar da nossa pele, aumentando o seu potencial de autoproteção e otimizando a biotransformação de vitamina D.
Por esta razão, recomenda-se utilizar produtos cuja principal propriedade seja a ação antioxidante, pois eles exercem proteção contra as agressões de agentes externos.

À noite, os ritmos circadianos aumentam a taxa de reparação e regeneração celular, uma vez que a pele não está submetida a agressões, como a radiação UV.

Além disso, produz-se um aumento da microcirculação, gerando uma maior desintoxicação e maior aporte de nutrientes para as nossas células.

Os produtos recomendados para aplicar à noite contêm ativos que estimulam os mecanismos de autorreparação e auto regeneração da pele para, assim, ajudar a reparar os danos produzidos durante o dia.

Além desses cuidados básicos, a tecnologia já nos trouxe inovações nesse setor!
Já temos cosmecêuticos (cosméticos + produtos farmacêuticos) inteligentes, baseados na cronobiologia, que atuam em função do momento em que são aplicados na pele.

Ou seja: o mesmo produto, com os mesmos princípios ativos, poderá ter propriedades distintas em função de ser aplicado durante o dia ou durante a noite.

O que a alteração no ritmo circadiano causa?

Deixar o seu ritmo circadiano desregular pode ter algumas consequências sérias, como:

– Sonolência durante o dia

– Desempenho menor no trabalho

– Propensão maior a acidentes

– Depressão

– Ansiedade

– Pouca agilidade mental

– Maiores riscos de obesidade e diabetes

Você pode até gostar de trabalhar à noite, por exemplo, mas o ritmo circadiano entende que esse é o horário de descansar.

De acordo com a biologia do seu corpo, o horário noturno é feito para dormir e é por isso que não temos a visão noturno, olfato e audição aguçados para esse horário como alguns animais possuem.

Não sou só eu que estou falando, são as estatísticas e os acontecimentos.

Os desastres mais problemáticos da história aconteceram no horário noturno, como o acidente na Three Mile Island e o Chernobyl.

Para ter ideia, essa pesquisa mostrou que 25% a 30% dos profissionais que trabalham com turnos alternados têm crises de insônia ou sonolência em excesso.

Algumas dicas para manter o seu ritmo circadiano

A primeira de todas é: durma cerca de 7-8hs por dia e de preferência antes das 22hs.
De uma forma geral, é preferível acordar cedo do que ir dormir tarde, em termos cronobiológicos.

A segunda dica é: faça a higiene do sono evitando telas e luzes artificiais próximo do horário de dormir.

A terceira dica é: evite substâncias que podem afetar seu sono após as 16h, como álcool, nicotina e cafeína.

A quarta dica é: consuma bebidas frias, como água ou chá gelado.

A quinta dica é: se exponha à luz natural solar (claro, com proteção e em horários adequados).

A sexta dica é: tire uma soneca de 15 minutos após o almoço, se puder.

Se você tem dúvidas sobre o seu ritmo circadiano e de como isso funciona na sua pele, precisa falar com um especialista. Esse é o seu caso? Então, clique aqui e agende o seu horário!

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Efeito do estresse na pele

Você já conhece os efeitos do estresse na pele? Sabia que ela mostra esses sinais? Continue por aqui e fique por dentro sobre o que causa o estresse e algumas dicas para evitar.

Hoje vamos falar sobre o efeito do estresse na pele, que foi o tema da minha rede social durante uma semana – tinha aproveitado a minha ida à Lapinha, spa médico pioneiro no tratamento do estresse no Brasil.

A pele é como uma via de comunicação com o mundo externo. Ela pode expressar tanto o bem estar assim como o adoecimento.

O estresse crônico promove o agravamento de doenças como dermatite atópica, psoríase e urticária.

Isso pode significar coceiras, ressecamentos e manchas roxas, vermelhas e brancas na sua pele; tudo isso causado pelo estresse.

Isso porque o seu corpo libera hormônios que alteram o sistema imunológico e, se o seu sistema imunológico cair, os sinais da epiderme aparecem.

Como funciona o efeito do estresse na pele?

Nem sempre o estresse é um problema; ele é uma defesa natural, um mecanismo fisiológico, que tem o seguinte objetivo: ajudar na sobrevivência.
Isso porque o estresse faz com que nosso corpo libere alguns mediadores químicos, nos fazendo reagir de forma mais rápida e eficiente em momentos de perigo. O problema mesmo é quando o estresse se torna crônico, causando muitos danos à saúde.

O estresse aumenta o risco de problemas cardiovasculares (como infarto e pressão alta) e também tem um grande efeito negativo na pele.

Isso acontece porque o cortisol em excesso (um dos hormônios relacionados ao estresse) afeta nosso sistema imunológico, provocando ou agravando doenças.

Efeito do estresse na pele: doenças mais comuns

Dermatite atópica
Podendo estar relacionada a outras doenças, como a rinite, asma e bronquite, a dermatite atópica é um processo inflamatório que causa algumas manchas / lesões na pele, coçando bastante e até descamando.
Alguns dos gatilhos da dermatite atópica são: tensão emocional, forte estresse, frio intenso, ambientes secos demais, tecidos de lã e calor.

Psoríase
Os problemas de estresse na pele também podem causar psoríase, que é uma doença inflamatória crônica. Os principais sinais são as manchas secas e escamas que se formam, principalmente, nos joelhos, couro cabeludo e cotovelos.

Alguns dos fatores que agravam a psoríase são: estresse crônico, álcool e alta exposição ao frio.

Urticária
Um outro problema de estresse na pele é a urticária, que é uma irritação cutânea, podendo surgir “do nada” em qualquer região do seu corpo. Ela pode ser:

– Aguda: dura menos de 6 semanas e não deixa cicatriz

– Crônica: dura meses ou anos

O principal desencadeador da urticária não é o estresse, mas ele ajuda muito a piorar seus sintomas.

Vitiligo
Um outro problema comum que causa sinais visíveis do estresse na pele é o vitiligo. Ele é a redução da melanina ou falta dele (melanina é o pigmento que dá cor à nossa pele).

Isso pode acontecer em várias regiões do corpo, surgindo manchas brancas. O estresse é um fator em comum nos pacientes que têm vitiligo, podendo desencadear o início da doença se a pessoa já tiver alguma predisposição genética.

Então, como controlar o estresse na pele?

É normal se estressar e precisamos controlar isso no dia a dia. Algumas pessoas conseguem fazer isso melhor, outras sofrem com isso e sentem o estresse na pele. Mas como saber que está fazendo mal à sua saúde realmente? Simples:

– Seu comportamento padrão foge do habitual;

– Está sentindo dificuldade para dormir;

– Ou você dorme à noite inteira e acorda se sentindo cansado;

– Não sente energia para as tarefas do seu dia

– Se irrita com quase tudo e todos

Na maioria das vezes, ouça quem está perto de você; ele pode te mostrar que algo não vai bem e que está na hora de procurar um especialista.

Se você quer se livrar dos efeitos do estresse na pele e em outras partes do corpo, precisa, acima de tudo, identificar as causas do seu estresse.

Caso seja possível, se afaste da causa do estresse; mas se não for possível, é necessário encontrar uma maneira de lidar com a situação de outras maneiras.

Dicas para reduzir o efeito do estresse na pele

1 – Esteja em constante contato com a natureza: em contato próximo com a natureza é importante porque ela nos mostra diversos mecanismos naturais, como a questão do ciclo, da impermanência, do silêncio, etc.

2 – Pratique atividades físicas: faça o que mais gosta – ou o que menos odeia – mas mexa-se! O exercício e o lazer são excelentes protetores contra o estresse e a síndrome de burnout!

3 – Cultive relações saudáveis consigo mesmo e com o meio: cultivar as amizades e as relações humanas é essencial. Isso foi um aspecto fundamental em um longo estudo conduzido em Harvard sobre envelhecer bem!

4 – Faça a higiene do sono, respeitando o tempo e qualidade: durma bem, respeitando tempo e duração do sono e pratique a higiene do sono, que já foi explicada no meu Instagram.

5 – Regule o seu ciclo circadiano: cuide dos momentos de exposição a luz e escuridão (evite luz artificial e telas próximo ao horário de dormir) e observe o horário das refeições (mantenha mais ou menos fixos) para regular relógio central (luz/escuridão) com os periféricos (alimentação).

Outras dicas rápidas para reduzir o efeito do estresse na pele

– Medite

– Faça terapia

– Tenha momentos de lazer

– Pratique atividades físicas (mas não se cobre por desempenho profissional)

– Invista tempo em hobbies que não estejam ligados ao seu trabalho diário

Fez tudo isso e ainda sente o efeito do estresse na pele? Acha que não está funcionando? O único remédio deve ser procurar um especialista! Não tome remédios por conta própria, procure um médico perto de você que possa te ajudar.

Precisa de alguma ajuda e quer marcar uma consulta? Clique aqui e marque um horário comigo.

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fotoproteção

Afinal a exposição solar e a fotoproteção são dois componentes importantíssimos do expossoma do envelhecimento cutâneo!

Fotoprotetores são formas de bloquear ou impedir o contato da pele com os raios solares.Há basicamente 3 tipos de fotoprotetores, sendo eles: Os mecânicos, os via oral, e os tópicos.

 


Fotoprotetores Tópicos

São os nossos conhecidos protetores solares ou filtros solares Ultravioleta. São substâncias ativas aplicadas à pele e que agem por mecanismos de reflexão, dispersão ou absorção da luz solar. Dentre os tipos de protetores tópicos, existem: Os orgânicos (quimicos) que atuam refletindo a RUV e os inorgânicos (físicos) que atuam absorvendo a RUV e a transformando em energia inofensiva à pele.

Muitos protetores solares combinam o orgânico e o inorgânico a fim de aumentar sua eficiência (FPS e proteção UVA).

 

FPS

É o fator de proteção solar, ele expressa a eficácia da proteção contra raios UVB, indica o tempo em que a pessoa pode se expor ao sol sem se queimar.

Exemplo: Se você se queima depois de 5 minutos exposto ao sol sem proteção, utilizando um protetor FPS 30 vai prolongar 30 vezes esse tempo, então deve demorar 150 minutos para se queimar novamente.

Porém, nem tudo são flores… Essa proteção depende da quantidade de filtro solar que você aplica na pele e do tempo de reaplicação.


Recomendações de aplicação
– A primeira aplicação deve ser, de pelo menos, 15 minutos antes da exposição solar.
– A reaplicação deve ser feita a cada 2 horas

Existem também duas estratégias para uma melhor aplicação do filtro solar:
– Aplicar o produto em duas camadas
– Regra da colher de chá conforme:

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Proteção UVA

É a proteção contra os Raios UVA que citamos ao começo do texto. É recomendável que essa proteção seja pelo menos ⅓ do FPS. Se o protetor solar tem FPS 30, a proteção UVA tem de ser no mínimo 10.

Dica: Sempre procurar nos rótulos (na caixinha) dos protetores solares por “Proteção UVA” ou “Proteção de amplo espectro”.

 

Fotoprotetores Orais

São ativos, consumidos via oral, capazes de minimizar os danos causado pela radiação solar. Eles atuam em nível celular ou molecular após a incidência da radiação na pele.

As substâncias fotoprotetoras de via oral mais conhecidas são: Vitaminas C e E, carotenóides, polifenóis, probióticos e ácidos graxos essenciais.

É muito importante ressaltar que eles não substituem os filtros solares tópicos.

 

Fotoprotetores mecânicos

São objetos ou acessórios, que agem como barreiras físicas  que impedem a exposição da pele aos raios solares. Alguns exemplos desse tipo de proteção são: Bonés, chapéus, sombras, vidros, óculos de sol e roupas secas com tramas mais apertadas e de fios sintéticos.

Há ainda o caso de roupas especiais que possuem ação anti raios solares. Esse tipo de roupas são fabricadas em tecidos com ativos introduzidos nos fios que conferem proteção UV.

Gostaram? Espero que vocês tenham gostado. Se vocês ficaram com mais dúvida, vocês podem me seguir nas redes sociais e, por lá, eu vou esclarecer mais dúvidas para vocês. Ou entre em contato e agende a sua consulta.

Obrigada e até a próxima!

Postado por Tatiana Gabbi

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fotoenvelhecimento

Fotoenvelhecimeto, como a exposição solar inadequada prejudica a pele.

A exposição crônica ao sol é o principal fator do envelhecimento cutâneo.

A luz solar é composta por raios eletromagnéticos que penetram a pele em diversos níveis/camadas.

Basicamente existem 3 tipos de raios solares:
– Ultravioletas (UVB, UVA1e UVA2)
– Luz visível
– Infravermelho

Raios UV

A radiação ultravioleta afeta todas as camadas da pele (epiderme, derme e hipoderme).

A primeira a sofrer alterações e a derme com posterior repercussão para epiderme.

Essa radiação altera a matriz extracelular da derme. Diminuindo a produção de proteínas, o que prejudica o remodelamento celular e gera radicais livres, os quais causam inflamação e dano do tecido cutâneo.

Os raios ultravioletas são divididos em:
UVA = Penetram a pele mais profundamente e são eles que alteram a pigmentação (manchas), provocam o fotoenvelhecimento e podem levar ao câncer de pele.
– UVB = Penetram a pele superficialmente e causam eritema (vermelhidão), queimaduras e ardência.

Além disso, os RUV são capazes de provocar diversas doenças dermatológicas (fotodermatoses) ou agravar outras doenças (Dermatoses fotoagravadas).

 

Raios Infravermelhos e Luz Visível

Os raios infravermelhos e a luz visível degradam a matriz extracelular da derme, modificam a composição lipídica da camada córnea (uma das camadas da epiderme) e alteram a pigmentação da pele.

 

Luz Azul-Roxa

A Luz Azul é aquela luz artificial emitida por telas de computadores e celulares. Ela causa alteração na pigmentação da pele por mecanismos diferentes do RUV, ou seja, não geram radicais livres, mas provocam o envelhecimento cutâneo.

 

E como prevenir o Fotoenvelhecimento? Protetores Solares!!

Próximo post…

Continua acompanhando o blog para ver mais conteúdos como esse ou nas minhas redes sociais. Até a próxima!

 

Postado por Dra. Tatiana Gabbi

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Micose de unha

Micose de unha: nem tudo que descola a unha e a deixa amarelada é micose, mas, atualmente, nós conseguimos fazer esse diagnóstico com o auxílio de um dermatoscópio.

O dermatoscópio é um aparelho que aumenta a imagem e nos dá novos elementos visuais, que permitem uma série de diagnósticos.

Apesar disso, o padrão ouro continua sendo o exame micológico direto – quando conseguimos enxergar as hifas e outros elementos do fungo.

A micose de unha é uma doença causada por fungos, microorganismos apenas visíveis no microscópio (arraste para o lado para ver), que se alimentam da queratina (proteína que forma as unhas).

Esses fungos se organizam em colônias que podem ser vistas como amareladas/esbranquiçadas e de aspecto algodonoso sob a unha.

O tratamento é feito com medicamentos orais, combinados ou não com tratamentos tópicos, a critério médico.

Uma micose que atinge todo o comprimento da unha e chega a encostar a região da cutícula leva mais tempo para tratar do que uma micose mais na ponta da unha.

E não tem jeito: isso não cura sozinho, os lasers podem auxiliar, mas ainda não foram totalmente validados para o tratamento. Pior ainda: às vezes, aquela lesão na sua unha não é uma micose, pode ter algo mais sério por baixo.

P.S.: Quer saber mais sobre os tratamentos para micose de unha e outras doenças? É só ler este outro artigo.

 

Postado por Dra. Tatiana Gabbi

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fenolização

A fenolização da matriz após o corte longitudinal da lâmina, é uma técnica de cirurgia da unha encravada que tem alta taxa de resolutividade e pouca ou nenhuma dor no pós-operatório.

O fenol é um produto cáustico que promove a destruição da fábrica da unha, evitando que ela se forme novamente após o contato por tempo adequado.

Antes de aplicar o cotonete no local, nós costumamos retirar o excesso de fenol para reduzir o processo inflamatório do pós operatório. No entanto, é perfeitamente normal que isso aconteça em maior ou menor grau.

Alguns pacientes podem, em algumas situações, apresentar reações exuberantes à aplicação deste produto! Por esse motivo, o seguimento no tempo pós operatório é fundamental.

Na maior parte dos casos, a cirurgia é resolutiva, mas podemos ter que reoperar em algumas situações.

De qualquer forma, essa é a técnica preferida para a maioria dos casos. Quando as dobras estão muito exuberantes, precisamos utilizar técnicas combinadas ou a cirurgia do super U, que já foi explicada neste post anterior!

Tudo isso é discutido com o paciente na avaliação pré operatória. Para saber mais sobre como funciona a fenolização da unha ou agendar uma consulta, entre em contato por aqui. E Continue me seguindo nas redes sociais!

Postado por Dra. Tatiana Gabbi | Dra. Tatiana Gabbi

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cabelo caindo

Olá, eu sou a Dra. Tatiana Gabbi, médica dermatologista e hoje estou aqui para falar de um assunto muito importante: cabelo caindo depois de contrair o COVID-19.

No dia 16/09/2020, tive a honra de participar do Jornal da Rede ALESP para falar sobre essa queda de cabelo depois de contrair o coronavírus.

O assunto é tão importante e merece a nossa atenção de um jeito tão especial, que resolvi trazer aqui para o blog também.

É só continuar comigo até o final e conferir as perguntas e respostas mais importante sobre o cabelo caindo depois de contrair COVID-19. Vamos lá!

Qual é a relação entre o COVID-19 e o cabelo caindo?

A célula da papila, responsável pelo crescimento dos fios é muito sensível a várias alterações que podemos ter no nosso organismo.

Febres, uso de medicamentos e outras situações que prejudicam a nossa vida, sinalizam para a papila que está na hora de parar de produzir cabelos.

Isso porque essa produção despende energia e, em momentos como esses, devemos guardar energia para lutar contra a doença, problemas e alterações presentes.

Toda vez que tiver um evento desses, demora cerca de 3 meses para ter a sinalização leve, que é o cabelo caindo.

Isso significa que, para os que tiveram coronavírus, em torno de 3 meses terá uma acentuação da queda do cabelo normal.

Como funciona a relação entre vírus e calvície?

A calvície é uma doença sem relações com cabelo caindo. O termo técnico é alopecia androgenética.

Existem alguns estudos mostrando que as pessoas com tendência à calvície (alopecia), com aumento provável de alguns receptores, teriam uma susceptibilidade maior a desenvolver a COVID.

Ainda são estudos, não há nada comprovado, mas servem como alerta para a comunidade médica observar se esse cenário realmente está acontecendo; antes, era apenas uma teoria.

Já para as pessoas com maior possibilidade de desenvolver uma calvície, se tiverem queda de cabelo, a susceptibilidade se acentua.

 

Por exemplo:

O paciente tem alopecia androgenética, a família tem calvície, entre os 30 a 40 anos de idade vai acabar evoluindo para isso.

Se ele contrair a COVID-19 e tiver uma queda muito bruta de cabelos, isso vai acelerar o desenvolvimento do quadro caso não faça o tratamento.

A minha dica para quem observou o cabelo caindo mais que o normal é procurar o médico dermatologista, de preferência quem já tem maior especialidade nessa área e costuma tratar cabelos.

O especialista indicado é o tricologista, médico dermatologista que se direciona para essa área de cuidados com cabelos.

O paciente será examinado e o médico vai avaliar se existe ou não essa possibilidade, entrando com o tratamento o quanto antes, caso o paciente ainda não esteja fazendo isso.

Não existe chance de desenvolver a calvície por causa do coronavírus, mas esse processo pode acabar acelerando se você já tiver alopécia, tiver uma queda de cabelo, e não estiver fazendo tratamento.

 

Os medicamentos usados para o tratamento da doença podem acentuar a queda ou não tem relação?

Tem uma série de medicamentos usados no tratamento contra a COVID-19, porque ela é grave nos pacientes e que vai levar, muitas vezes, à internação na UTI, ventilação mecânica e ainda existe o risco de infecções.

Ou seja, não podemos culpar muito a medicação, sendo que a pessoa está sendo tão desafiada no ponto de vista de sobreviver à COVID.

Então, pessoas que tiveram formas mais graves da doença correm mais risco de ter os cabelos caindo em 3 meses do que os pacientes que tiveram formas mais leves.

De qualquer maneira, qualquer remédio pode, em um ou outro indivíduo, acentuar a queda. Ou seja, não existe um medicamento que vai causar a queda para todo mundo, mas existem medicamentos que, em algumas pessoas, vão levar a esse sintoma.

Não podemos dizer que os medicamentos que estão sendo a causa do cabelo caindo, mas, pelo fato da doença ser grave e ter várias coisas associadas a ela, tudo isso pode contribuir para a queda.

 

Quando saber que o cabelo caindo é sinal de algo mais grave e que está na hora de procurar um médico?

Sabemos que a queda de fios é normal e cada pessoa, geralmente, sabe o padrão do cabelo caindo que tem no cotidiano.

Além disso, sempre temos os cabelos em ciclos diferentes do ciclo capilar. Um exemplo disso é só reparar que não temos uma época do ano em que ficamos carecas; ou seja, nossos fios estão sempre em fases diferentes desse ciclo capilar.

Cada fio é como se fosse um órgão individual, seguindo o ciclo do cabelo, que é nascimento, crescimento e morte, individualmente.

Existem pessoas com mais cabelos e outras com menos cabelos. Sempre temos uma porcentagem desses fios que estão na fase de queda; o comum é na faixa de 100 a 150 fios caindo por dia.

Quem não lava os cabelos todos os dias, vai notar cabelo caindo em maior quantidade quando for lavar, porque juntou o cabelo dos dias anteriores. Se a pessoa tem cabelo comprido, pode ser que ele enrosque no próprio fio e acaba caindo na hora de lavar.

Quem está com o cabelo caindo acima do normal acaba percebendo a diferença nítida entre a quantidade que normalmente cai e a queda acentuada.

Além disso, a região frontal (no início do cabelo, em torno do rosto), algumas entradas vão começando a se formar; então, é importante observar o couro cabeludo nessas áreas.

Isso só acontece com uma queda acima de 30%, dando para perceber as falhas. Antes disso, você só nota a queda.

 

O cabelo caindo em homens e mulheres com COVID-19 é igual? Atinge mais a um grupo ou outro?

Geralmente, chamamos tudo de “queda de cabelo”, mas existem distinções entre cada caso. São vários casos que acometem o couro cabeludo e que impactam a saúde dos cabelos.

Os médicos devem fazer essa diferença entre queda de cabelo e falha do couro cabeludo.

A queda que os homens se queixam, geralmente, é a calvície masculina (alopecia androgenética); nesse caso, tem sim um comprometimento das mulheres, mas ela é só parecida, semelhante, mas não é a mesma doença.

Antigamente, era chamado de alopecia androgenética padrão feminino. Atualmente, o termo que estamos usando é alopecia de padrão feminino; de qualquer maneira, é uma doença de padrões genéticos que vai levar à rarefação dos fios.

Ou seja: você vai ver na cabeça a ausência de cabelos, pedaços com cabelo faltando. Na mulher, vemos isso sempre na risca central da cabeça; no homem, é mais nas entradas ou o cocuruto sem cabelo.

É nesse sentido que estou dizendo que a doença não tem a ver com o COVID-19. O coronavírus dá uma doença chamada Eflúvio (que é a queda acentuada de cabelo), podendo acontecer 3 meses depois de qualquer coisa fora do normal na sua vida – como vimos no começo do artigo.

A recomendação é: se você notar o cabelo caindo com uma queda muito acentuada, procure um médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); ele está apto a fazer o diagnóstico e verificar se há chance de desenvolver a doença ou se você já tem e qual o tratamento ideal.

Tem dúvidas ainda sobre o cabelo caindo depois de contrair COVID-19? Acha que os fios estão em queda de forma acentuada? Posso te ajudar. Clique aqui e marque uma conversa comigo!

 

Postado por Dra. Tatiana Gabbi

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queda de cabelo

Conheça as variações da queda de cabelo e veja como enfrentá-la em tempos de isolamento social

A quarentena mudou hábitos e instituiu novas rotinas que podem interferir até na saúde dos cabelos. Pode parecer brincadeira, mas não é. Muitos que estão em casa passaram a lavar menos a cabeça e, quando o fazem, notam uma perda acentuada de fios. Por outro lado, em virtude do isolamento, o estresse e a ansiedade também contribuem para a intensificação desse problema.

Quem faz essas afirmações é Tatiana Gabbi, médica e assessora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ela ainda complementa que “as emoções podem estar na gênese de várias doenças de pele e de cabelo. O nível elevado de estresse pode levar a uma queda de cabelo de forma aguda. Isso já foi relatado na literatura e, inclusive, foi observado neste momento de isolamento social.”

Mas, de acordo com ela, a queda de cabelo é multifatorial. “Não é uma única doença que a causa. Sempre que o paciente apresenta esta queixa é preciso verificar se ele está perdendo cabelo ou se está visualizando áreas na cabeça sem cabelo. Isso abre um leque para doenças que causam cada um dos problemas. A maior parte delas é de ordem genética e autoimune”, diz.

Ela cita que, embora seja complexo falar em cura, há tratamento para a maioria dos tipos de queda de cabelo diagnosticados hoje em dia.

“O que é possível fazer, no início dos sintomas, é procurar o dermatologista para fazer um tratamento, chamado de prevenção secundária. Com a detecção do problema, começamos a tratar precocemente para obter um resultado melhor”, relata.

Ela observa que se o paciente é muito estressado há diversas formas de abordar o problema. “Eu procuro orientá-lo a comer em horários predeterminados para ajustar o relógio biológico, a ter contato com a natureza, a diminuir o uso de eletrônicos à noite em casa, a tentar dormir e acordar mais cedo, pois dormir melhor reduz o estresse, e encaminho os pacientes com quadros mais graves para tratamento com especialistas. Isso ajuda bastante”, esclarece.

 

O que é a calvície?

É a ausência, diminuição do número de dios ou queda, transitória ou definitiva, dos cabelos ou pelos. Ela afeta mais os homens e pode ocorrer de forma local ou total.  Os casos são mais raros em mulheres e nelas a perda tender a ser menos drástica.

 

Quais os principais sintomas?

Cabelos caindo mais depressa, em maior quantidade ou em tufos nos últimos meses, sinais de caspa nas roupas e nos fios, couro cabeludo avermelhado, apresentando coceira ou ardência, e oleosidade muito acima do normal.

 

Quais as causas?

Agente Externo: a perda pode ocorrer por tração. É o caso de quem usa rabo de cavalo muito apertado, apliques ou tranças que prendem e puxam o cabelo. Isso pode fazer com que ocorra perda crônica de cabelos da região que está sendo tracionada e, neste local, o cabelo pode não voltar a nascer.

Medicamentosas: alguns anticoagulantes, remédios psiquiátricos, anticonceptivos orais e tratamentos de quimioterapia podem provocar perda da espessura do cabelo e a sua queda.

Metabólica e Nutricional: a má nutrição pode causar a queda. O cabelo pode ficar seco, frágil e quebradiço e até mudar de cor.

Endócrinas: o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios) e o hipotireodismo (baixa ou nenhuma produção de hormônios) podem influenciar na queda de cabelo.

 

Quais os tratamentos para a queda do cabelo?

Existem várias formas de tratamento: podem ser administrados medicamentos sistêmicos, tópicos, prescrito o uso de lâmpadas LED ou laserterapia, mas, antes de instituir qualquer um deles, o correto é procurar um dermatologista que encontra a causa da alopecia e inicie o tratamento adequado para evitar agravamento do quadro.

 

Quais as recomendações?

Não use medicamentos por conta própria ou produtos que prometem curas milagrosas, pois os efeitos adversos podem ser sérios. Procure um dermatologista ao notar que há alguma alteração no ritmo de crescimento dos fios, uma queda muito significativa que não está melhorando com o tempo ou buracos no cabelo. Há alopecias altamente inflamatórias e, se o tratamento não for iniciado rapidamente, há grande risco de ocorrer perda de fio na região e dela não recuperar.

 

Caspa causa queda de cabelo?

A caspa não causa calvície, mas a presença de dermatite seborreica pode aumentar a inflamação que existe, piorando o aspecto que o paciente vai ter dessa perda de cabelos. É importante sempre fazer o tratamento das duas doenças concomitantemente.

 

Como a calvície é identificada?

Muitas vezes, o dermatologista vai fazer a identificação da doença por meio da história contada pelo paciente, de exame dermatológico e também por meio da tricoscopia (uso de um aparelho para evidenciar, com lente de aumento, alterações no couro cabeludo). A biópsia também pode ser feita.

 

Quais os tipos mais comuns?

Alopecia areata
Conhecida popularmente como a “pelada”, é uma doença autoimune caracterizada pela perda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo, como cílios, sobrancelhas e barba. Ela afeta ambos  os sexos e todas as etnias. A sua causa é desconhecida, mas o distúrbio pode surgir em qualquer idade e está muito relacionado a situações de estresse.

 

Alopecia androgenética
Também é chamada de “calvície comum” e ela corresponde a quase 90% das alopecias atendidas nos consultórios dermatológicos. Geneticamente determinada, possui alterações decorrentes de herança familiar e está associada ao estímulo androgênico (testosterona) de cada um. Ela tem início depois da adolescência e é progressiva

 

Alopecia difusa ou eflúvio telógeno
É a perda aguda e progressiva do cabelo após doenças crônicas ou febris, estresse emocional e parto, no caso das mulheres. O cabelo se desprende facilmente ao se fazer alguma tração nele. Ela não produz uma calvície total, mas os fios ficam escassos e com um aspecto muito liso.

 

Alopecia frontal fibrosante
É uma forma de alopecia cicatricial progressiva e, frequentemente, irreversível. Ela acomete a região em que começa o couro cabeludo, na fronte (parte da franja), e também a sobrancelha. Alguns pacientes se queixam de coceira, dor ou ardência na região anterior do couro cabeludo. Sua causa ainda é desconhecida.

 

Gostaram? Espero que vocês tenham gostado. Se vocês ficaram com mais dúvida, vocês podem me seguir nas redes sociais e, por lá, eu vou esclarecer mais dúvidas para vocês. Ou entre em contato e agende a sua consulta.

Obrigada e até a próxima!

Postado por Tatiana Gabbi

Fonte: Universal | www.universal.org

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Tratamento para as unhas

Oi, tudo bem? Eu sou a Dra. Tatiana Gabbi e hoje vamos fazer a continuação do último texto aqui no blog.

Para você que está chegando aqui agora, fizemos uma live no Instagram (eu e o Dr. Walter Loureiro, também dermatologista) e tivemos tantas informações bacanas que resolvi fazer 3 posts com dicas para você tirar várias dúvidas sobre suas unhas.

Hoje vamos falar sobre tratamento para unhas doentes e como evitar, passando alguns tratamentos importantíssimos de seguir no dia a dia.

Espero que vocês gostem bastante. Continuem aqui comigo até o final!

 

1 – Procedimento em tratamento para unhas: Biópsia

A 1ª pergunta de hoje é: “Quando se tem uma melanoníquia em faixa suspeita, como é feita a biópsia?”

Essa é uma pergunta super importante, já que alguns colegas acabam não se atualizando com os procedimentos que são feitos atualmente pelos dermatologistas especialistas em unhas.

Essa biópsia só é feita quando a melanoníquia é bem lateral, porque é necessário tirar tudo. Para aquela melanoníquia que está bem no canto da unha, esse é o melhor procedimento porque fica esteticamente bom e é possível fazer um belo diagnóstico.

Já quando a lesão está no meio, o que acontece na maior parte dos casos, o procedimento é outro.

Atualmente, em vez de fazer a meia lua (que era feito antes e deixava cicatriz), é tirado apenas um “shaving” da melanoníquia, que é retirar uma ‘fatia’ bem fina e fazer o diagnóstico.

Essa biópsia é a mais atual e serve tanto para diagnóstico quanto para tratamento e, muitas vezes, a unha nasce sem cicatriz – o que é bem melhor do que o procedimento meia lua feito antes.

 

Sequelas da biópsia

Com esses procedimentos atuais, é mais fácil que ele deixe menos sequelas nas unhas e, algumas vezes, a unha não fica com cicatriz.

Quando posto alguns resultados aqui no blog ou no meu instagram, muita gente fica impressionada com a possibilidade de fazer procedimentos sem sequelas.

Mas é importante saber que algumas vezes pode acontecer de ter sequelas, porque depende muito do tamanho, apesar de ser difícil atualmente.

O que também pode ser comum de acontecer nesse tipo de procedimento é o profissional estar diante de algo que não é uma pinta ou melanoma, ser apenas uma mancha por trauma e, após o procedimento, ela acabar se recidivando já que você fez um outro trauma para tratar a unha.

 

A dermatoscopia na biópsia

A dermatoscopia é como uma lupa que mostra de uma forma diferente o pigmento.

Entendemos que se o dermatologista levanta a placa é porque ele fará a biópsia, já que isso só é feito quando existe uma suspeita sobre essa lesão.

Por isso, a dermatoscopia é tão importante: ela permite delimitar a lesão e fazer o controle de margens.

E uma das dicas para os dermatologistas que estão nos acompanhando é: injetar o anestésico ou soro embaixo da melanoníquia, assim ela fica um pouco mais ‘tufada’ e a margem fica maior.

 

2 – Tratamento para unhas: Micose

A 2ª pergunta de hoje é sobre a dermoabrasão. Indicamos esse procedimento em diversas situações, como na onicogrifose, por exemplo.

Mas eu indico ainda mais esse procedimento quando a pessoa tem uma micose de unha, que tem um ‘bolo’ ainda maior de micose por baixo.

Isso porque, como você viu no 1º artigo desta série, as unhas são compostas por camadas e se você passar só o remédio na camada de cima, os fungos vão continuar nas outras camadas.

Uma informação interessante sobre esse assunto é que esses fungos comuns que colonizam as nossas unhas formam algo chamado ‘biofilme’, que é quando você tem um organismo de uma célula só e ele fica agrupado, funcionando como se fosse um organismo muito maior.

Às vezes, esse biofilme (bola de fungos no meio da unha) consegue jogar pra fora o remédio que chega dentro da unha.

Ou seja: você toma o remédio para unha, ele chega lá dentro da bola de fungos, mas por meio dessas bombas feitas pelo biofilme na superfície, o remédio é jogado pra fora e acaba não destruindo o fungo.

 

O papel do podólogo nesses casos

No artigo anterior também falamos sobre a importância do podólogo como parceiros dos dermatologistas. E aqui continuamos afirmando essa necessidade.

Esse tratamento para unhas com micose precisa de acompanhamento com um podólogo e a frequência recomendada é de 1 vez por mês para que ele use a abrasão mecânica (com os motores) e a manutenção precisa ser feita em casa 1 vez por semana.

 

3 – Diagnóstico de unhas com rugosidade

A 3ª pergunta de hoje é sobre o tratamento para unhas que não têm alteração da cor, mas estão mais finas e com rugosidade.

Pode ser que isso seja onicorrexe, que é uma manifestação da unha fraca, mas não dá para confirmar sem ver. Por isso, recomendo que procure um médico dermatologista e saiba quais atitudes podem ser tomadas para melhorar.

Mas supondo que seja por unhas fracas, é comum que quanto mais o tempo passe, mais fácil as nossas unhas quebrem. Elas seguem as mesmas ‘regras’ dos cabelos, que vão afinando com o tempo.

Com isso, a sua unha fica grudada na carne que está embaixo, seguindo a estrutura da pele que não é lisa; ela sobe e desce, então as unhas se ajustam para não escorregar.

Quando vamos envelhecendo, a unha vai ficando mais fina e assumindo o formato do que está embaixo e, por isso, fica ondulado

 

Ao fazer o diagnóstico do Líquen Plano Ungueal, é possível apenas enviar para o laboratório?

Esse tipo de procedimento, que chamamos de clipping ungueal, serve para diagnosticar algumas coisas, como: tumores, micose e até a psoríase (dependendo de como for feito o clipping).

Mas a grande parte das doenças inflamatórias não se beneficiam desse tipo de diagnóstico. Por isso, é interessante fazer uma biópsia que chamamos de “longitudinal lateral”.

Essa biópsia funciona assim: tiramos um pedaço pequeno do leito da unha e um da matriz, no cantinho mesmo. Ao analisar, é possível fazer o diagnóstico desse tipo de lesão.

Essa é a melhor forma de diagnosticar, mas como é invasivo, pode ser uma boa ideia primeiro cortar a unha para diagnosticar primeiro outras doenças que possam parecer com Líquen Plano.

 

4 – Tratamento para unhas encravadas

A 4ª pergunta de hoje sobre tratamento para unhas envolve uma dúvida muito comum, que é a unha encravada.

Existem várias técnicas que podemos usar ao fazer uma cirurgia e uma colega dermatologista perguntou, especificamente, de uma técnica que chamamos de “Cirurgia do Super U”.

Essa cirurgia é feita quando você tem uma unha que já foi muito encravada, já passou por uma série de procedimentos e que a unha já está “enfiada em um dedo gordo”. Por isso, o melhor procedimento é tirar a borda da unha em vez de mexer na lâmina.

Inclusive, os americanos têm um termo para isso que eles chamam de “embeded”, que é como se você deitasse no meio de uma cama bem fofa. Nesse caso, a unha é você; ela fica afundada com toda a carne ao redor e encrava a unha porque ela não consegue crescer.

Nessa cirurgia, nós tiramos toda a carne grossa para que a unha comece a crescer, já que o problema não é na unha e sim na carne que está ao redor.

É uma técnica mais “chata”, com um pós-operatório mais demorado, libera secreções e é um pouco difícil. Mas, apesar disso, a cirurgia não é considerada complicada e dá um ótimo resultado.

 

Tratamento para unhas em crianças

Nem sempre conseguimos resolver e fazer tratamentos para unhas em crianças pequenas apenas aplicando cremes ou massagens. Às vezes, é necessário fazer essa cirurgia em bebês.

Nesses casos, a Cirurgia do Super U é excelente, já que não é possível tirar apenas a unha que está encravada, evitando uma deformidade nas unhas do bebê.

Recomendamos também essa técnica para pessoas que querem uma estética melhor na unha, já que ela preserva o aspecto. O preço, porém, é o pós-operatório mais complexo.

O tempo de recuperação da operação completa do Super U acontece em, no mínimo, 1 mês – isso sem contar as intercorrências. Então, caso a unha inflame ou tenha algum outro percalço no caminho, vai acabar demorando mais tempo.

 

5 – Pandemia

Sobre os tratamentos para unhas na pandemia, não vimos nada de tão diferente nos dedos de pessoas que tinham COVID-19 para os que não tinham.

A equipe de dermatologistas que estava presente no hospital observou que:

-> A maioria das lesões dermatológicas eram por micoses;
-> As lesões pustulosas eram cândida;
-> As lesões descamativas eram dermatofitose.

E algumas dessas alterações eram comuns para pacientes que ficam muito tempo internados.

Observamos também que o número de lesões por medicamentos aumentou. Ou seja: muito tempo internado, tomando vários medicamentos e com um vírus mexendo na imunidade acabou aumentando as reações medicamentosas do que costumamos ver.

Sobre os dedos de COVID, todos os que vimos eram de pacientes que já estavam em estado muito grave, na UTI, quando a circulação já começa a ser mais central e as extremidades começam a sofrer.

Geralmente, isso acontece com pacientes que vão a óbito rapidamente. Então, todos os dedos de COVID que a equipe viu no Hospital das Clínicas eram de pessoas nessa situação.

Mas em um grupo de colegas dermatologistas, vimos que existem alguns casos de disidrose e outras alterações. Tudo isso fora do Hospital das Clínicas, mas lá dentro tudo o que vimos não era específico da doença.

 

Você pode conferir…

Na live, você também pode conferir com mais profundidade essas informações que deixei aqui no artigo.

Se você ainda não viu os dois últimos artigos que fiz sobre essa live, não perca tempo, tem muita coisa bacana. Você pode ver pelos links abaixo:

1 – Hidratação para unhas fracas: 4 informações para descobrir agora!
2 – Como evitar unhas doentes: veja aqui as principais doenças e tratamentos

É possível também conferir o vídeo completo clicando aqui.

Ah, não esqueça de me seguir no Instagram para mais conteúdos importantes sobre hidratação para unhas fracas, pele e cabelos.

 

Até a próxima!

Postado por Dra. Tatiana Gabbi

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unhas doentes

Oi, tudo bem? Eu sou a Dra. Tatiana Gabbi e hoje vamos fazer a continuação do último texto aqui no blog [veja a parte 1 aqui].

Para você que está chegando aqui agora, fizemos uma live no Instagram (eu e o Dr. Walter Loureiro, também dermatologista) e tivemos tantas informações bacanas que resolvi fazer 3 posts com dicas para você tirar várias dúvidas sobre suas unhas.

Hoje vamos falar sobre unhas doentes e como evitar, passando alguns tratamentos importantíssimos de seguir no dia a dia.

Espero que vocês gostem bastante. Continuem aqui comigo até o final!

1 – Unhas doentes: Líquen

Surgiram algumas perguntas durante a live sobre o Líquen Plano Ungueal e quais eram os melhores tratamentos. Então, vamos começar por ele hoje.

O Líquen Plano Ungueal é uma doença inflamatória. Em primeiro lugar, é muito importante fazer um diagnóstico diferencial, porque tem muitas coisas que parecem Líquen Plano e não são.

Exemplo: a Psoríase pode se apresentar como dúvida de Líquen Plano, pode dar um diagnóstico diferencial. Ou seja: apenas olhando, não é possível dizer o que é com exatidão. Nesses casos, é necessário fazer uma biópsia para firmar esse diagnóstico.

Inclusive, pode ser trauma, então é muito importante investigar da forma certa. Isso porque, na unha, tudo é muito parecido – a unha engrossa, descola, fica escura, fica amarelada ou tem outras alterações e por várias causas diferentes em cada uma delas.

Sempre procure um especialista

Então, se você notar alguma alteração de unhas, vá a algum dermatologista e, se possível, em algum que seja especializado em unhas, porque se demorar muito no diagnóstico pode acabar complicando.

Uma doença como o Líquen Plano não gera um problema tão grande para a saúde da pessoa em geral, mas é gravíssima para a saúde da unha, porque ela deixa cicatriz que pode fazer com que não nasça mais unha.

Sobre o Líquen Plano Ungueal: tem tratamento e pode ficar muito bom se pegarmos desde o início.

2 – Unhas doentes: Linhas listradas (Melanoma e trauma)

A 2ª pergunta sobre unhas doentes foi sobre como diferenciar a Melanoníquia Estriada de trauma ou quando é uma Melanoníquia Estriada de melanoma. Mas antes de diferenciar, vamos conversar sobre o que cada um significa…

A nossa unha tem a cor da nossa pele, não tem pigmentação. Mas, assim como no resto do corpo, temos células que dão pigmento e que fazem com que ela tenha cor – assim como temos a pinta, por exemplo.

Mas no artigo 1, explicamos que tem uma dobrinha, que é o lugar que nasce a unha e fica protegido das coisas do meio ambiente, inclusive do Sol. Como as células que dão cor não pegam Sol, elas ficam dormindo e não produzem pigmentos.

Seja por um machucado, por uma inflamação ou por uma micose, isso faz com que ela acorde e comece a produzir o pigmento. Esse pigmento forma uma listra escura na unha, chamada de “melanoníquia”.

Esse que falamos acima é um tipo de melanoníquia, que chamamos de ativação melanocítica. Aqui, você tem o número normal de células, nada de diferente está acontecendo; a diferença é que a área que estava dormindo acordou.

Temos também as melanoníquias pela hiperplasia, que é o aumento no número de células. Ou seja: não temos mais o número normal, mas várias outras células diferentes que começaram a produzir pigmentos.

Tipos de hiperplasia

1 – Hiperplasia benigna: é uma pinta, uma mancha, sardas e outros que também podem aparecer no dedo, mas não é câncer.

2 – Hiperplasia maligna: aqui, é um câncer que, normalmente, é um melanoma.

Existem casos de melanoníquias que podem ser câncer sem ser melanoma e que deixam uma mancha escura (geralmente, a mancha é avermelhada).

Mas a mancha preta, principalmente em dedo único e recente, temos sempre que olhar com mais cuidado por ter a possibilidade de ser um melanoma.

 

Unhas doentes: Hutchinson

Um dos seguidores perguntou sobre o sinal de Hutchinson: “Quando aparece Hutchinson, tenho sempre que fazer biópsia por existir risco de melanoma ou não?”

O Hutchinson é uma mancha que acontece em volta da unha. Se você é adulto, sempre faça a biópsia. Existem duas situações:

1 – Hutchinson: pigmento que espalha pela pele.

2 – Pseudo Hutchinson: parece que está espalhando pela pele, mas ele está debaixo da dobra da unha.

Geralmente, só conseguimos diferenciar as unhas doentes com o dermatoscópio. O Hutchinson está associado ao crescimento radial do melanoma, já que o melanoma tende a crescer mais para as laterais.

Por isso, normalmente em adultos, se você tiver o sinal de Hutchinson, principalmente se for na dobra proximal (mais perto da falange), é muito associado ao melanoma e um fator de risco se tiver um prognóstico ruim.

É possível ter um Hutchinson na ponta do dedo, próximo da extremidade livre, mas é muito raro em adultos, é mais comum em crianças. Nas crianças, nem sempre é sinal de malignidade, geralmente é associado com lesão benigna.

Já nos adultos, é preciso ainda mais cuidado caso o sinal de Hutchinson apareça na extremidade ou ponta da unha, porque é muito difícil que não seja um melanoma.

Alguns outros alertas de unhas doentes com Sinal de Hutchinson:

– Dedos da mão, principalmente o polegar, indicador ou o hálux (conhecido como “dedão do pé”).

– Pinta em um dedo só tem maior chance de ser maligno do que várias pintas em dedos diferentes.

– Se você está em uma faixa etária “no meio”, tirando os idosos e crianças, é mais provável que seja melanoma – principalmente em manchas recentes.

– Se a linha escura na unha é mais larga na base (perto da cutícula) do que na ponta.

– Se você tem a mancha e a ponta da sua unha está quebrada.

 

3 – Tratamentos para unha descolada

A 3ª pergunta sobre unhas doentes foi: “Quando a unha está descolada com trauma, nós esperamos ou fazemos alguma coisa?”

O primeiro e mais importante passo é saber por qual motivo essa unha está descolando. Descobrir a causa precisa ser a primeira atitude para saber como tratar as unhas doentes.

Vamos supor que você já tenha tomado todos os cuidados: viu que não é por trauma, pela vez que você foi à manicure e acabou machucando ao limpar, está protegendo da água e seguindo as dicas que sempre passamos aqui de hidratação…

O ideal é deixar a unha bem cortada e tentar raspar um pouco da parte grossa que está ali, por algum produto químico recomendado pelo dermatologista, até mesmo um hidratante muito forte com ácido em casa ou a curetagem.

Em alguns casos, é preferível fazer o ATA (Ácido Tricloroacético) que usamos no consultório e que pode ajudar a colar um pouco a unha de volta.

Mas para os casos mais avançados, quando nenhuma das alternativas resolveu, fazemos um corte na ponta do dedo, tirando um pouco da pele e esticando pra frente.

Outras soluções para unhas doentes e descoladas

O mais importante é procurar um dermatologista para fazer o procedimento. Consideramos hoje cortar e tirar o trauma da alavanca da unha, já que sem isso fica mais difícil partir para outras tentativas – isso porque o cutucar e o pau de laranjeira nas unhas são os piores problemas.

Parando com essas duas atitudes, pode ser que você resolva 90% do descolamento. Mas é importante entender que sua unha não vai crescer mais rápido por conta desse tratamento, ela vai continuar crescendo normalmente, que é devagar.

 

4 – Podólogos (tratamento)

A 4ª pergunta de hoje é: “Quando o podólogo ajuda ou atrapalha o tratamento do dermatologista?”

O podólogo é essencial para resolver vários problemas com as unhas doentes e, várias vezes, os pacientes nos pedem indicação de podólogos.

É importante, nessa hora, saber qual vai ser exatamente o trabalho do podólogo, porque um não substitui o outro. Achamos uma boa solução ouvir o dermatologista sobre o que o podólogo deve fazer, para que o tratamento se complemente.

Quando isso não acontece, é comum o paciente voltar com um problema até maior do que antes, já que não teve uma comunicação entre os profissionais.

Por isso, geralmente, gostamos de explicar como está a situação das unhas doentes e o que precisa ser feito em cada caso para que fique tudo alinhado.

Mas os podólogos são grandes aliados nos tratamentos para unhas doentes e devem ser vistos como parceiros dos dermatologistas e pacientes.

 

Você pode conferir…

Na live, você também pode conferir com mais profundidade essas informações que deixei aqui no artigo.

Não perca o próximo artigo, que vamos fazer a parte 3 desta live. Confira o vídeo completo clicando aqui.

Ah, não esqueça de me seguir no Instagram para mais conteúdos importantes sobre hidratação para unhas fracas, pele e cabelos.

 

Obrigado e até a próxima!

Postado por Dra. Tatiana Gabbi

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