Como evitar unhas doentes: veja aqui as principais doenças e tratamentos
Oi, tudo bem? Eu sou a Dra. Tatiana Gabbi e hoje vamos fazer a continuação do último texto aqui no blog [veja a parte 1 aqui].
Para você que está chegando aqui agora, fizemos uma live no Instagram (eu e o Dr. Walter Loureiro, também dermatologista) e tivemos tantas informações bacanas que resolvi fazer 3 posts com dicas para você tirar várias dúvidas sobre suas unhas.
Hoje vamos falar sobre unhas doentes e como evitar, passando alguns tratamentos importantíssimos de seguir no dia a dia.
Espero que vocês gostem bastante. Continuem aqui comigo até o final!
1 – Unhas doentes: Líquen
Surgiram algumas perguntas durante a live sobre o Líquen Plano Ungueal e quais eram os melhores tratamentos. Então, vamos começar por ele hoje.
O Líquen Plano Ungueal é uma doença inflamatória. Em primeiro lugar, é muito importante fazer um diagnóstico diferencial, porque tem muitas coisas que parecem Líquen Plano e não são.
Exemplo: a Psoríase pode se apresentar como dúvida de Líquen Plano, pode dar um diagnóstico diferencial. Ou seja: apenas olhando, não é possível dizer o que é com exatidão. Nesses casos, é necessário fazer uma biópsia para firmar esse diagnóstico.
Inclusive, pode ser trauma, então é muito importante investigar da forma certa. Isso porque, na unha, tudo é muito parecido – a unha engrossa, descola, fica escura, fica amarelada ou tem outras alterações e por várias causas diferentes em cada uma delas.
Sempre procure um especialista
Então, se você notar alguma alteração de unhas, vá a algum dermatologista e, se possível, em algum que seja especializado em unhas, porque se demorar muito no diagnóstico pode acabar complicando.
Uma doença como o Líquen Plano não gera um problema tão grande para a saúde da pessoa em geral, mas é gravíssima para a saúde da unha, porque ela deixa cicatriz que pode fazer com que não nasça mais unha.
Sobre o Líquen Plano Ungueal: tem tratamento e pode ficar muito bom se pegarmos desde o início.
2 – Unhas doentes: Linhas listradas (Melanoma e trauma)
A 2ª pergunta sobre unhas doentes foi sobre como diferenciar a Melanoníquia Estriada de trauma ou quando é uma Melanoníquia Estriada de melanoma. Mas antes de diferenciar, vamos conversar sobre o que cada um significa…
A nossa unha tem a cor da nossa pele, não tem pigmentação. Mas, assim como no resto do corpo, temos células que dão pigmento e que fazem com que ela tenha cor – assim como temos a pinta, por exemplo.
Mas no artigo 1, explicamos que tem uma dobrinha, que é o lugar que nasce a unha e fica protegido das coisas do meio ambiente, inclusive do Sol. Como as células que dão cor não pegam Sol, elas ficam dormindo e não produzem pigmentos.
Seja por um machucado, por uma inflamação ou por uma micose, isso faz com que ela acorde e comece a produzir o pigmento. Esse pigmento forma uma listra escura na unha, chamada de “melanoníquia”.
Esse que falamos acima é um tipo de melanoníquia, que chamamos de ativação melanocítica. Aqui, você tem o número normal de células, nada de diferente está acontecendo; a diferença é que a área que estava dormindo acordou.
Temos também as melanoníquias pela hiperplasia, que é o aumento no número de células. Ou seja: não temos mais o número normal, mas várias outras células diferentes que começaram a produzir pigmentos.
Tipos de hiperplasia
1 – Hiperplasia benigna: é uma pinta, uma mancha, sardas e outros que também podem aparecer no dedo, mas não é câncer.
2 – Hiperplasia maligna: aqui, é um câncer que, normalmente, é um melanoma.
Existem casos de melanoníquias que podem ser câncer sem ser melanoma e que deixam uma mancha escura (geralmente, a mancha é avermelhada).
Mas a mancha preta, principalmente em dedo único e recente, temos sempre que olhar com mais cuidado por ter a possibilidade de ser um melanoma.
Unhas doentes: Hutchinson
Um dos seguidores perguntou sobre o sinal de Hutchinson: “Quando aparece Hutchinson, tenho sempre que fazer biópsia por existir risco de melanoma ou não?”
O Hutchinson é uma mancha que acontece em volta da unha. Se você é adulto, sempre faça a biópsia. Existem duas situações:
1 – Hutchinson: pigmento que espalha pela pele.
2 – Pseudo Hutchinson: parece que está espalhando pela pele, mas ele está debaixo da dobra da unha.
Geralmente, só conseguimos diferenciar as unhas doentes com o dermatoscópio. O Hutchinson está associado ao crescimento radial do melanoma, já que o melanoma tende a crescer mais para as laterais.
Por isso, normalmente em adultos, se você tiver o sinal de Hutchinson, principalmente se for na dobra proximal (mais perto da falange), é muito associado ao melanoma e um fator de risco se tiver um prognóstico ruim.
É possível ter um Hutchinson na ponta do dedo, próximo da extremidade livre, mas é muito raro em adultos, é mais comum em crianças. Nas crianças, nem sempre é sinal de malignidade, geralmente é associado com lesão benigna.
Já nos adultos, é preciso ainda mais cuidado caso o sinal de Hutchinson apareça na extremidade ou ponta da unha, porque é muito difícil que não seja um melanoma.
Alguns outros alertas de unhas doentes com Sinal de Hutchinson:
– Dedos da mão, principalmente o polegar, indicador ou o hálux (conhecido como “dedão do pé”).
– Pinta em um dedo só tem maior chance de ser maligno do que várias pintas em dedos diferentes.
– Se você está em uma faixa etária “no meio”, tirando os idosos e crianças, é mais provável que seja melanoma – principalmente em manchas recentes.
– Se a linha escura na unha é mais larga na base (perto da cutícula) do que na ponta.
– Se você tem a mancha e a ponta da sua unha está quebrada.
3 – Tratamentos para unha descolada
A 3ª pergunta sobre unhas doentes foi: “Quando a unha está descolada com trauma, nós esperamos ou fazemos alguma coisa?”
O primeiro e mais importante passo é saber por qual motivo essa unha está descolando. Descobrir a causa precisa ser a primeira atitude para saber como tratar as unhas doentes.
Vamos supor que você já tenha tomado todos os cuidados: viu que não é por trauma, pela vez que você foi à manicure e acabou machucando ao limpar, está protegendo da água e seguindo as dicas que sempre passamos aqui de hidratação…
O ideal é deixar a unha bem cortada e tentar raspar um pouco da parte grossa que está ali, por algum produto químico recomendado pelo dermatologista, até mesmo um hidratante muito forte com ácido em casa ou a curetagem.
Em alguns casos, é preferível fazer o ATA (Ácido Tricloroacético) que usamos no consultório e que pode ajudar a colar um pouco a unha de volta.
Mas para os casos mais avançados, quando nenhuma das alternativas resolveu, fazemos um corte na ponta do dedo, tirando um pouco da pele e esticando pra frente.
Outras soluções para unhas doentes e descoladas
O mais importante é procurar um dermatologista para fazer o procedimento. Consideramos hoje cortar e tirar o trauma da alavanca da unha, já que sem isso fica mais difícil partir para outras tentativas – isso porque o cutucar e o pau de laranjeira nas unhas são os piores problemas.
Parando com essas duas atitudes, pode ser que você resolva 90% do descolamento. Mas é importante entender que sua unha não vai crescer mais rápido por conta desse tratamento, ela vai continuar crescendo normalmente, que é devagar.
4 – Podólogos (tratamento)
A 4ª pergunta de hoje é: “Quando o podólogo ajuda ou atrapalha o tratamento do dermatologista?”
O podólogo é essencial para resolver vários problemas com as unhas doentes e, várias vezes, os pacientes nos pedem indicação de podólogos.
É importante, nessa hora, saber qual vai ser exatamente o trabalho do podólogo, porque um não substitui o outro. Achamos uma boa solução ouvir o dermatologista sobre o que o podólogo deve fazer, para que o tratamento se complemente.
Quando isso não acontece, é comum o paciente voltar com um problema até maior do que antes, já que não teve uma comunicação entre os profissionais.
Por isso, geralmente, gostamos de explicar como está a situação das unhas doentes e o que precisa ser feito em cada caso para que fique tudo alinhado.
Mas os podólogos são grandes aliados nos tratamentos para unhas doentes e devem ser vistos como parceiros dos dermatologistas e pacientes.
Você pode conferir…
Na live, você também pode conferir com mais profundidade essas informações que deixei aqui no artigo.
Não perca o próximo artigo, que vamos fazer a parte 3 desta live. Confira o vídeo completo clicando aqui.
Ah, não esqueça de me seguir no Instagram para mais conteúdos importantes sobre hidratação para unhas fracas, pele e cabelos.
Obrigado e até a próxima!
Postado por Dra. Tatiana Gabbi
1 Comentário
cileia oliveira garcia
1 de setembro de 2020 at 05:33como faco pra ajudar meus cliente .ter boas unhas saudavel e pes macio
tem alum cuidado pra manter limpo sem asper
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