Qual a importância do diagnóstico antes de tratar a micose de unha?
Olá, pessoal! Eu sou a Dra. Tatiana Gabbi e hoje resolvi trazer um pouco de informações sobre a importância de tratar a micose da unha e o que você deve fazer nesses casos.
Mas você sabe o que é micose da unha? Vou contextualizar…
A micose da unha é causada por fungos, que produzem uma substância que consome a queratina da unha (que é a proteína presente na unha, no cabelo e na pele).
Com isso, acontece uma descamação embaixo da unha com separação em relação ao leito ungueal, deixando com uma estética ruim.
A grande questão aqui é que há muitos diagnósticos diferenciais, ou seja: muitas coisas que podem aparecer na unha e lembrar uma micose, mas que não são micoses de unha.
Algumas vezes, para ter ideia, o problema pode ser até mais sério, como tumores, por exemplo. Claro que essa é uma exceção, mas é só para que você já entenda a importância do diagnóstico correto antes de tratar a micose. Falando nisso…
Importância do diagnóstico antes de tratar micose de unha
Como você viu, nem tudo que descola a nossa unha é micose! Por isso, os médicos dermatologistas pedem exames para confirmar primeiro.
Afinal, para começarmos o tratamento da micose, é fundamental estabelecer o diagnóstico de forma correta.
Isso porque o tratamento é prolongado; é muito difícil propor o tratamento sem ter certeza do que é. Demoramos cerca de 6 meses a 1 ano para tratar a micose completamente, então precisamos ter muita certeza do diagnóstico.
Para você ter uma ideia, temos o diagnóstico diferencial com:
1. Psoríase (doença inflamatória)
2. Descolamento simples (causados por traumas)
3. Tumores (que também podem ser benignos)
Essas doenças também podem levar ao descolamento da unha e a um aspecto que lembre a micose.
5 formas usadas para descobrir se é micose ou não
1 – A primeira coisa que os médicos dermatologistas sugerem ao cliente é o exame micológico direto. Coletamos o material embaixo da unha e mandamos para o laboratório analisar e verificar no microscópio se existe a presença de hifas.
2 – Alguns dermatologistas também têm um microscópio no consultório. Nesse caso, é possível fazer essa análise durante a sua própria consulta, sem precisar mandar ao laboratório.
3 – Mesmo assim, às vezes pedimos a cultura. Esse é um exame que cultiva o material retirado para entender o tipo de fungo que está na sua unha.
4 – Temos também a dermatoscopia, aparelho que usamos no consultório com lente de aumento para ver padrões característicos, fazer o diagnóstico e começar a tratar a micose.
5 – Por fim, quando nada disso dá certo, ou no caso do médico dermatologista precisar descartar alguma hipótese, podemos coletar um pedacinho da ponta da unha e enviar para o exame como se fosse uma biópsia. Assim, o patologista consegue nos dizer se isso é ou não uma micose, nos autorizando a fazer um tratamento adequado.
Além disso, talvez seja necessário desgastar ou arrancar essa unha, dependendo de cada caso, podendo ser feito no consultório ou em casa.
Métodos para tratar a micose
Muitas vezes, tratar a micose exige medicamentos não apenas de aplicar, mas também do tipo oral, dependendo do tipo de micose que o paciente tem.
O tratamento pode ser feito por via oral e tópica e também com retirada ou desgaste da placa da unha.
Mas lembrando que cada caso de micose é diferente do outro, por mais que pareça a mesma coisa. Um bom médico dermatologista consegue entender isso e individualiza os tratamentos.
Isso é ideal porque precisamos enxergar com transparência o leito ungueal. Ao fazer um exame completo do paciente, em busca de lesões que possam ser malignas, temos que também examinar as unhas.
Essa transparência que as unhas têm permite que o dermatologista avalie se tem alguma lesão ou alteração que exige um cuidado maior.
#DezembroLaranja
Lembrando que estamos no Dezembro Laranja e precisamos alertar e passar informações importantes sobre os riscos do câncer de pele por conta da exposição solar sem a proteção devida.
Aqui vai o meu alerta: é muito bom se expor ao Sol, mas é preciso ter cuidado e respeito com essa exposição para não aumentar o risco de desenvolver o câncer de pele.
Mas por que estamos falando disso? Simples: a unha faz parte da pele e desse contexto como um anexo cutâneo.
Para a unha, o problema maior não seria tanto a questão da exposição solar, mas do trauma.
E então, você quer saber mais sobre como tratar a micose? Já fez o seu exame? Deixa um comentário aqui embaixo ou clique aqui para agendar um horário comigo.
Por hoje é isso. Até a próxima!
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Dra Tatiana Gabbi
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