A unha encravada nada mais é do que o resultado de uma “briga” por espaço entre a pele ao redor e a unha propriamente dita. Isso pode acontecer por uma série de motivos, e entre eles estão o formato da unha, o uso de sapatos apertados, predisposição genética, e também o corte errado, quando a gente arredonda os cantinhos das unhas dos pés.
Como sabemos que a unha está encravada?
O principal sintoma é a dor. A unha passa a incomodar dentro do sapato, sempre que apertamos o dedo, ao andar, ao calçar uma meia e, nos casos mais graves, com o simples toque do lençol. A princípio este é a única alteração que observamos, mas, em seguida, pode surgir uma inflamação. Nesse momento, a pele da unha inflamada fica vermelha, inchada e quente, podendo sangrar e drenar pus.
Quando alguém está só com dor, há algumas coisas que podem ser tentadas em casa, antes de procurar ajuda médica. Mas, se já está inflamado, ou se mesmo seguindo os passos abaixo ocorrer a inflamação, procure IMEDIATAMENTE um médico especialista.
NÃO CORTE, em hipótese alguma, a UNHA que está machucando a pele. Isso resolve o sintoma NAQUELE MOMENTO. Porém, a pele vai se acomodar no lugar que antes era da unha. Mas a unha vai voltar a crescer e a “briga” entre as duas vai ficar ainda pior.
O que fazer então? Você pode tentar amolecer a unha usando pomadas hidratantes, pomadas antissépticas à base de sulfadiazina de prata (desde que você não seja alérgico), cremes com ureia, ou você pode colocar o pé afetado em um balde com água morna e sal, por 15 minutos ao dia. OBS: Antigamente era possível usar o permanganato de potássio, que deixa a água roxa, e a orientação era usar um envelope ou um comprimido para cada cinco litros de água. Infelizmente esse produto foi proibido e não é mais facilmente encontrado nas farmácias e drogarias.
Outra estratégia, que pode funcionar nos casos iniciais, é separar a unha da pele, utilizando um pequeno chumaço de algodão, colocado por baixo, ou mesmo com um pedaço de fio dental, se com o algodão estiver muito difícil. Isso ajuda a separar a unha da pele, permitindo que a região cicatrize e pare de ser ferida pelo pedacinho de unha.
Caso você tenha procurado podólogos e/ou pedicures e eles tenham feito o corte do canto da unha (chamada espiculectomia) essa dica é para você! Quando o corte é feito, há um grande alívio da dor e da inflamação na hora. Porém, essa unha irá voltar a crescer a pele terá se acomodado ainda mais no espaço que era dela, e um novo corte só irá adiar o problema e piorar a condição da unha.
Se essas recomendações que você leu aqui não forem capazes de resolver o problema após quinze dias, você também precisa procurar o médico. Muitas vezes ele consegue evitar a cirurgia, colocando uma pequena órtese e indicando antibióticos ou anti-inflamatórios. Outras vezes, o tratamento será uma pequena cirurgia.
Existem diversas intervenções cirúrgicas diferentes para tratar a unha encravada e, quanto pior o quadro, mais agressiva será a cirurgia. Os casos iniciais são tratados com um procedimento bastante tranquilo, praticamente indolor, e de recuperação mais rápida. Não tenha medo de procurar o médico! Quanto mais você adiar esse momento, mais traumático ele poderá ser.